Durante os anos 50 alguns termos surgiram no vocabulário potiguar, e também no do resto do Brasil, e foram incorporadas especialmente pelos mais jovens:
“Chofer”

Uma palavra que hoje parece muito comum, e até antiga, mas que acabara de chegar em terras potiguares. Pra quem não sabe ainda, significa: motorista.
“Paquera”

“Paquera” parece comum até demais hoje, e foi até substituída por “crush”, mas agora você já sabe quando ela surgiu.
“Flerte”
Palavra “irmã” da “Paquera”, né? Significa praticamente a mesma coisa, só que mais recentemente pode significar também “simpatizar”, “desejar” ou “almejar”.
“Broto”

Broto pra quem é mais novo significa uma “garota jovem”. A expressão também surgiu nos anos 50.
“Bacana”
Essa expressão, que também surgiu pelos anos 50, começou se referindo a uma pessoa legal ou pessoa rica. Depois “evoluiu” para coisas ou situações legais também. Mas naquela época era muito comum os jovens se referirem a pessoas “abastadas” como: “lá vai o bacana”.
“Levar um fora”

A Natal de 50 falava que “fulano levou um fora” quando este havia recebido uma recusa de seu “paquera”, ou uma negativa de um “flerte”. A expressão hoje se tornou muito comum, mas à epoca era uma novidade “bacana”.
“Cheio da gaita”

Naqueles anos 50 se você tinha muito dinheiro, além de ser um “bacana”, pode ser chamado de “cheio da gaita”. Não se sabe se a expressão tem alguma relação com “fela da gaita”.
“Tomar chá de cadeira”
Nos idos de 50 essa expressão surgiu para se referir a quando alguém espera demais pra ser chamado pra dançar, geralmente mulheres. Depois a frase começou a ser usada para toda e qualquer espera prolongada: “tomei um chá de cadeira no meu médico hoje”.
“Comer água”

Já ouviu falar que alguém está “comendo água”? Pois é! Essa expressão surge nos anos 50 pra se referir a alguém que está bebendo cachaça.
“Enxerido”
E se alguém flertava demais, ou paquerava demais, agora tinha um novo rótulo: “enxerido”. E pior, se fazia isso com moças comprometidas aí que ganhava essa fama mesmo. Essa expressão é equivalente ao “galinha” do Sul/Sudeste e é usada no nordeste até os dias atuais, porém ganhou novos significados, como o fato somente de se intrometer na vida alheia.
“Chamego”
Pra muita gente a palavra “chamego” ou “xamego” significa um carinho, um afago, mas em 50 ela vinha pra Natal adquirir outro significado: o ato de namorar escondido, e mais recentemente “ficar” escondido, por isso mesmo tinha uma conotação de algo proibido. Dai a expressão: “xamegar”.
“Neurastênico” (ou “neurótico”)
Já ouviu falar em alguém neurastênico? A expressão surge nos anos 50 pra dizer quando alguém é, modernamente falando, “estressado”, porém quase beirando a loucura.
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Fonte: adaptado das expressões que constam no livro “Natal no Século XX” de Carlos e Fred Rossiter, página 125.
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2 Comentários
Maria das Graças de Menezes Venâncio
(31 de agosto de 2020 - 17:28)Precisava dá umas risadas. Conheço todas as expressões. Conhece “não tem um pau para dar num gato”. Taí, seu Nevaldo tão cheio da grana e tanta gente metida aqui. Conheço umas que ficaram com mais idade com mania de flertar.
Henrique Araujo
(1 de setembro de 2020 - 08:57)hahaha “bacana”!