Aconteceu em Apodi, cidade que fica a 341 km de Natal. O promotor Silvio Brito, então representante do Ministério Público, iniciou um projeto em colaboração com as polícias rodoviárias federal e estadual.
Ele queria recolher os jumentos que circulavam soltos pelas rodovias do Rio Grande do Norte, abandonados por se tornarem obsoletos como meio de transporte no sertão (normalmente substituídos por motos).

Os animais haviam se tornado um problema de trânsito no sertão potiguar porque vinham causando acidentes e mortes, e a manutenção deles, além de ter um custo, se tornaria inviável em breve por falta de espaço.
Diante do problema, o promotor buscou ajuda de especialistas e recebeu garantias de que a melhor solução encontrada era o abate para consumo do jumento.
Foi então que ele teve uma ideia: oferecer um almoço com churrasco para as autoridades de Apodi, só que com um diferencial no cardápio: a carne de jumento.
“Queremos mostrar às pessoas que a carne do jumento pode ser uma importante fonte nutricional, com elevado teor de proteína, baixo teor de gordura, macia e com gosto idêntico a do boi. Só que ela hoje é totalmente desprezada por questões culturais”, disse Brito.
Dentre os convidados para o tal churrasco estavam juízes, promotores, prefeitos, vereadores, jornalistas, professores e até o padre da cidade. O público mais seleto era para dar confiança à população.

“O almoço é para que todos fiquem sabendo que a carna é própria para consumo. Até o padre, sensibilizado com a situação, virá para desmistificar a questão religiosa”, completou o promotor.
Dois animais foram abatidos e o almoço aconteceu em um restaurante particular de Apodi. Na ocasião uma brincadeira foi lançada: foram servidos pratos com os dois tipos de carne (boi e jumento), e foi pedido para que os presentes adivinhassem qual animal estavam comendo.

“É uma degustação comparativa, colocando lado a lado e assim vermos quem consegue identificar a diferença entre boi e jumento. Acredito que ninguém vai acertar”, apostou o promotor Brito.
Segundo uma veterinária e um professor de inspeção da Universidade Federal Rural do Semi-Árido (UFERSA), a carne do jumento é saudável e segura como qualquer carne para consumo humano.
O resultado desta experiência lúdica foi que, com mais de 200 convidados, o almoço foi considerado um sucesso pelo anfitrião.
Entre os presentes, a opinião de que a carne de jumento é semelhante à de gado foi quase unânime, principalmente a que foi servida como churrasco.
Além da carne assada na brasa, várias outras receitas foram oferecidas aos convidados. Escondidinho, bife ao molho madeira e outro ao molho branco também fizeram parte do menu.
A intenção do promotor com o evento foi de introduzir a carne de jumento na alimentação de presidiários do RN.
E você teria coragem de comer carne de jumento? Veja também: 8 comidas do Rio Grande do Norte que dão um nó na cabeça dos outros brasileiros
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4 Comentários
ari
(18 de março de 2017 - 09:12)CARA, VOU TE DIZER QUE EU NEM CONSEGUI LER O POST NA INTEGRA, ME CAUSOU UM TREMENDO MAL ESTAR, VEJA BEM, TUDO O QUE ACONTECE DE RUIM NESSE MUNDO TEM A MÃO DO HUMANO, PRIMEIRO OS CARAS EXPLORAM OS COITADOS DOS ANIMAIS, E QUANDO NÃO SERVEM MAIS DESCARTAM COMO SE FOSSEM OBJETOS OBSOLETOS, QUANDO É QUE O SER HUMANO VAI ENTENDER QUE ELE NÃO É A ÚNICA ESPÉCIE VIVA QUE MERECE RESPEITO (DIGA-SE DE PASSAGEM QUE O HUMANO NÃO RESPEITA NEM ELE MESMO) E O IRRESPONSÁVEL, INCONSEQUENTE, IMUNDO, VAGABUNDO, CRIMINOSO QUE DISPENSOU O BICHO EM QUALQUER LUGAR NÃO É PUNIDO, É O JUMENTO QUE PAGA COM A VIDA VIRANDO CHURRASCO PARA UM BANDO DE PRIMITIVOS SACIAREM SUA FOME COM SUA CARNE, CARA NOSSA ESPÉCIE É LAMENTÁVEL, DE QUALQUER FORMA VALEU PELO POST, ME DEU A OPORTUNIDADE DE DESABAFAR UM TIQUINHO DO QUE PENSO, PERCEBO E CONSTATO SOBRE NOSSOS SEMELHANTES, VALEU.
Henrique Araujo
(18 de março de 2017 - 10:34)Ari, fico muito feliz em receber sua opinião. Esteja sempre à vontade para compartilhar o que pensa conosco. Obrigado pela leitura e não esquece de curtir nossa página no Facebook que nos ajuda muito ok? facebook.com/curiozzzo
Giovannia Saraiva
(19 de março de 2017 - 19:22)Já tinha ouvido falar, mas não sabia se era verdade. Foi bom conhecer a história verdadeira e, como o colega Ari, eu não acho legal essa saída. Quem abandona anilais deveria ser punido e não agraciado com o coitado abatido e temperado pra ele encher o bucho. :/
flavio
(23 de abril de 2017 - 16:09)vai fazer o quê com tanto jumento ? colocar em carroças,ou deixar por aí? a serventia dos jumentos nos dias atuais são minimas. soltos ficam na beira das estradas. tem muitos países que comem cavalos camelos e outros mais, agora se quem é contra o abatimento para alimento teria de se comprometer a criar um.