Se você já foi no bairro da Ribeira, ali próximo à antiga rodoviária e da estação de trem, provavelmente já viu esta ponte:
Acontece que em meados do século XX Natal era uma cidade que tinha menos de 12 mil habitantes, quase não possuía áreas urbanizadas, e esta era uma delas. Então o Rio Potenji criava lá um pântano tão grande que impedia das pessoas se deslocarem. Era difícil até para o comércio e para o desenvolvimento da cidade.
Foi então que Figueiredo Junior, ‘presidente da província’ na época, numa tentativa de amenizar a situação, decidiu fazer a primeira intervenção concreta no espaço, construindo um muro às margens do rio, e um aterro para preservá-lo da força das água. Isso permitiu uma melhor comunicação entre a Cidade Alta e a Ribeira.
Somente em 1904 o Governador Augusto Tavares de Lyra concretizou estas reformas, e o novo nome do logradouro, antes denominado Praça da República (1901), passou a se chamar Praça Augusto Severo.
A nova Praça Augusto Severo tinha recebido durante a grande seca do início do século XX, mais de 15 mil retirantes, o que fez a população da cidade dobrar. Os “barracões” montados na praça haviam deixado lembranças aterradoras: saques, epidemias, mortes, violências, deportações, desespero e fome.
Então, os retirantes foram contratados para ajudar na urbanização do espaço. Os natalenses fizeram doações de plantas como palmeiras imperiais, fícus benjamim e oitizeiros para ornarem os jardins. Assim as obras recomeçaram, e lá foram construídas galerias de escoamento, calçamento das ruas ao redor e até uma fonte.
Esta ponte portanto é o único elemento sobrevivente desta praça épica que já foi jardim botânico e que depois de um tempo foi reduzida para a construção do terminal rodoviário da Ribeira.
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Fonte: Brechando
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13 Comentários
Eva Wilma Silva
(15 de novembro de 2015 - 15:13)Adorei saber um pouco mais sobre a história da ponte. Infelizmente, não aprendemos isso na escola. Fato lamentável demais.
Henrique Araujo
(22 de dezembro de 2015 - 08:45)Eva, realmente não mostram isso na escola, e a matéria História do RN é praticamente escassa né, isso é que é pior. Obrigado pelo comentário.
Tarcisio Emanuel Fernandes dos Santos
(16 de novembro de 2015 - 06:09)Só um detalhe: natal era meados do século IXX.
Alvaro R. Tavares
(21 de dezembro de 2015 - 22:07)Século IXX?! XIX 19 (1801) XX 20 (1901) XXI 21 (2001)
Henrique Araujo
(22 de dezembro de 2015 - 08:47)É, realmente não existe o século do Tarcísio. Obrigado pela contribuição.
Henrique Araujo
(22 de dezembro de 2015 - 08:46)Opa Tarcisio, será que erramos? Foi como a nossa fonte nos passou. Obrigado pela força.
aguiar
(17 de dezembro de 2015 - 11:03)Achei sensacional a estória da ponte
Henrique Araujo
(17 de dezembro de 2015 - 11:27)Oi Aguiar, a gente fica muito feliz por isso. Obrigado!
fernando José
(1 de julho de 2016 - 18:19)Gostei muito de conhecer a historia de minha cidade natal uma das mais ricas do nosso Brasil
José Augusto Nascimento
(2 de julho de 2016 - 16:36)Passei por esta ponte inumeras vezes quando fazia o curso primario no grupo Augusto severo, ó q saudades q tenho
Luzia Mafra Barbosa
(2 de julho de 2016 - 17:16)Achei sensacional , fiquei sabendo de muitas curiosidades da minha terra, fazem 36 anos que moro em Maceió.
Clautercio Junior
(18 de maio de 2017 - 10:16)Excelente historia, tinha ouvido boatos da historia dessa ponte, e ao ler vi que são verdade.
Henrique Araujo
(2 de junho de 2017 - 14:24)Obrigado pela sua visita e o seu comentário Clautercio, aproveita e curte a nossa página: http://www.facebook.com/curiozzzo