Neste Dia Nacional da Caatinga (28/04) trazemos aqui uma pesquisa reveladora realizada no interior do estado do RN, que tem mudado os conceitos sobre a Caatinga Potiguar.
O desconhecimento sobre as coisas da natureza tem sido uma realidade crescente. Nos centros urbanos, e até mesmo na zona rural, a modernidade tem nos distanciado cada vez mais do convívio com animais e plantas. Esse desconhecimento é refletido geralmente na importância que se dá (ou não) para as florestas e seus habitantes.
Pensando em contribuir para mudar isso, um projeto que nasceu em 2013 no Departamento de Ecologia da UFRN, tem buscado identificar e mapear as espécies de mamíferos silvestres que ocorrem na Caatinga do estado. Ao longo de seis anos, o grupo publicou trabalhos científicos e realizou ações de divulgação que deram destaque para animais como veados-catingueiros, gatos-do-mato de várias espécies (inclusive os pintados, aqueles que parecem miniaturas de onças-pintadas), raposas, guaxinins, tamanduás e até mesmo onças-pardas.
Está surpreso? Mas é isso mesmo! No Rio Grande do Norte ainda existem todos esses animais e muitos outros que sequer imaginamos.
Veado Catingueiro (Mazama gouazoubira)
Gato do Mato Pintado (Leopardus tigrinus)
Jaguatirica (Leopardus pardalis)
Macaco Prego (Sapajus libidinosus)
Preá Galea (Galea spixii)
Tamanduá Mirim (Tamandua tetradactyla)
Tatu Peba (Euphractus sexcinctus)
As fotos foram feitas a partir de armadilhas fotográficas instaladas no Parque Nacional da Furna Feia. Um tipo de parque que é primeiro e único do estado, criado em 2012 com o objetivo de preservar os ecossistemas naturais da região, além de promover a educação ambiental e o turismo ecológico.
A unidade de conservação se estende por mais de 8000 hectares entre os municípios de Baraúna e Mossoró, no oeste potiguar, e foi lá onde surgiu, em 2018, o “Projeto Felinos da Furna Feia”, que originou as imagens.
O projeto nasceu com o objetivo principal de identificar quais espécies de felinos silvestres ocorrem na região e o quanto as suas populações estão saudáveis na área, considerando a relevância do parque em abrigar bichos tão importantes e ameaçados de extinção, como é o caso do gato-do-mato-pintado.
Saiba mais sobre o projeto aqui neste link.
Informações e fotos: Lívia Cavalcanti e Paulo Henrique Marinho.
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