Preste bem atenção nessa história impressionante.
Em Janeiro de 2013 houve um período de seca no Rio Grande de Norte, o nível da Lagoa de Extremoz baixou, e um morador da cidade encontrou uma canoa. Depois de algum tempo ele encontrou mais duas. Com os rumores de que as canoas fossem levadas da cidade, o secretário de turismo as levou para a Fundação de Cultura Aldeia do Guajiru em Extremoz, onde ficaram expostas ao sol e a chuva durante muito tempo.
Um tempo lamentável de descaso se passou, até que uma equipe da Universidade de Pernambuco foi até as canoas para fazer o estudo de “datação”, que é a determinação da idade de um objeto. A expectava era muita grande para saber a idade real das canoas de Extremoz e a quem pertenciam.
Fizeram portanto o exame de Carbono 14 na Flórida, Estados Unidos. Quatro exemplares foram analisados além das canoas encontradas na lagoa como também uma outra canoa que está exposta no museu Câmara Cascudo. Os pesquisadores nomearam as canoas como Extremoz 01, Extremoz 02, Extremoz 03 e Extremoz 04.
Agora vem o mais impressionante. A Canoa Extremoz 01 foi feita com material (madeira) de 230 anos, Canoa Extremoz 02 com material de 210 anos, Canoa Extremoz 03 com material de 280 anos e a Canoa Extremoz 04, pasmem, com madeira de 700 anos e é, até o presente momento, o artefato náutico mais antigo do Brasil.
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Fonte: Dissertação do aluno de Mestrado em Arqueologia Hamilton Marcelo Morais Lins Junior que teve como Orientador o Prof. Dr. Carlos Celestino Rios e Souza da Universidade Federal de Pernambuco do Centro de Filosofia e Ciências Humanas do Programa de Pós-Graduação em Arqueologia publicada em 2015. Com as informações de: Lenilton Lima
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7 Comentários
Edson Fabricio
(2 de outubro de 2015 - 11:46)Conhecimento nunca é demais…
No nosso pais, ainda existe muitas riquezas escondidas.
Curiozzzo
(2 de outubro de 2015 - 11:57)É isso mesmo viu Fabrício
Carlos Rios
(5 de outubro de 2015 - 09:22)Parabéns pelo seu trabalho de divulgação do patrimônio arqueológico subaquático do Brasil espero, em breve, ter novas notícias sobre outros artefatos náuticos no RN.
Carlos Rios
Professor da UFPE
Diretor-Presidente da Fundação Paranã-buc
Curiozzzo
(5 de outubro de 2015 - 09:37)Professor Carlos, muito obrigado! Fico feliz pela sua participação aqui no blog.
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