Olha que história da boas…
Em 29 de Setembro de 1876 chegou à beira mar da praia de Muriú (RN) uma garrafa que continha uma mensagem com um conteúdo muito diferente, ou que pelo menos ninguém nunca esperou encontrar naquela localidade.
Um tripulante, ou um passageiro, não se sabe até hoje, escreveu uma carta e a colocou dentro de uma garrafa. Nela ele dizia que estava a bordo de um barco inglês, que os jornalistas potiguares depois chamaram de “Galera”, de nome Collingrone. Este barco aparentemente se encontrava na costa sudoeste da África (ou “suéste”, como está descrito no texto original).
Após aberto o recipiente surgiu uma mensagem que foi publicada na íntegra pelo pouco conhecido jornal natalense O Atalaia, na sua edição de 2 de dezembro de 1876:
Quem escreveu o pedido de ajuda narrou que um mal tempo tinha destruído a vela principal (bujarrona) e outras velas do barco e que quatro pessoas a bordo já tinham morrido pela febre. Veja a tradução da carta:
Nem precisamos dizer que em meio à este cenário caótico, o medo está claro na carta, e a mensagem era bem direta ao apontar a objetiva finalidade do autor – Que alguém que por ventura encontrasse a carta, a destinasse para a mãe de quem escreveu. A destinatária seria a esposa de Mr. John Bryce, que vivia na Fountain House, na pequena cidade de Loanhead, próximo a Edimburgo, a capital da Escócia.
Aparentemente o que a carta na garrafa significou foi apenas o medo de uma pessoa pouco experiente com viagens marítimas, em meio a uma tempestade que danificou, mas não afundou o barco.
Esta pessoa também devia estar extremamente estressada diante das mortes em decorrência de uma febre em um ambiente limitado, em um tempo onde as pessoas pouco compreendiam a possibilidade de contrair esse tipo de doença.
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Fonte: TOK de História
2 Comentários
10 coisas curiosas que você não sabia sobre naufrágios no litoral do Rio Grande do Norte | Curiozzzo
(28 de julho de 2016 - 13:41)[…] Agora não deixe de ver também: em 1876 uma garrafa com uma mensagem chegou à praia de Muriú e veja o que ela dizia […]
Carlos j silva
(24 de novembro de 2018 - 14:31)Caramba, nao imaginava que o nosso litoral tinha tanta história, parabéns pêla pesquisa