Esta é uma história curiosa sobre o rádio no Rio Grande do Norte.
O rádio começou no RN em 1939, quando Natal tinha uma população com cerca de 50 mil habitantes.
Naquele ano a cidade tinha apenas amplificadores de som (as chamadas divulgadoras), que estavam espalhados pelas ruas e praças da cidade transmitindo músicas, dramas e notícias para a população.

Na cidade existia apenas uma “emissora” de recife, chamada Agência Pernambucana, que ficava na Av. Tavares de Lira no bairro da Ribeira. Esta rádio pertencia à Luís Romão de Almeida, e tinha uns 22 alto-falantes espalhados pelas cidade.
Além da programação comum, havia jornais falados, com notícias da Segunda Guerra em que Natal participou apoiando os EUA.

A primeira emissora de rádio chegou a Natal nos anos 40, foi a Rádio Educadora de Natal (“REN”), fundada por Carlos Lamas e Carlos Farache, mas depois a “REN” se tornou a famosa Rádio Poti.
Naquela época a sociedade brasileira era bastante machista, até bem pouco tempo a mulher sempre foi mantida em segundo plano. Na “família ideal” ela era submissa ao homem, e os deveres que a cercavam eram muitos, mas direitos essenciais como o de trabalhar fora do lar eram praticamente nenhum.

Foi o caso da Eunice Campos, que em depoimento gravado no dia 15 de novembro de 2000, afirma que, ao ser convidada para trabalhar na Rádio Poti, no início dos anos cinqüenta, passou a usar o pseudônimo de Sandra Maria para que seu pai não descobrisse e a proibisse de trabalhar.
Gostou? Veja como foi a chegada do rádio ao Rio Grande do Norte
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3 Comentários
Walcy Pereira
(21 de dezembro de 2020 - 19:04)Gostei da publicação sobre a chegada do rádio ao RN. Parabéns, Henrique Araújo, por mais esta excelente e informativa postagem.
Henrique Araujo
(22 de dezembro de 2020 - 17:29)Muito obrigado sr. Walcy. Fico muito feliz em ver seus comentários e saber de sua participação ativa conosco. Fazemos as publicações com muita verdade e sentimento. Abraços!
Walcy Joannou
(22 de dezembro de 2020 - 21:49)Não há o que agradecer, Henrique. Acompanho com todo o interesse as publicações do Curiozzzo. Tenho laços afetivos e familiares com o RN, além de ser jornalista que militou por muitos anos na imprensa escrita e falada no Rio de Janeiro. Um afetuoso abraço!