Depois daquelas 7 cidades do Rio Grande do Norte com nomes curiosos [lista inédita] trazemos essa lista especial que provavelmente poucos conhecem:
“Solidão” ou “Polígono do Tiro” era como era chamado o Bairro do Tirol

O bairro era deserto, escuro e sombrio. Uma verdadeira “solidão” que criava um ambiente propício para a bandidagem.
Rua dos Tocos era a Rua Princesa Isabel
Em 1945 o presidente da Província Casimiro Sarmento determinou a derrubada da mata existente no local pra abertura da rua, restando muitos tocos de árvores ao longo da via.
Rua Grande era o nome dado ao local onde hoje fica a Praça André de Albuquerque

Uma via bem larga que foi também a primeira rua da cidade
“Rua do Vai Quem Quer” era como era batizada a Rua Mossoró

Na época haviam poucos moradores na Rua Mossoró, e por lá predominava a prostituição.
Conhece o “Rio Salgado”? Pois era como era chamado o Rio Potengi

Um apelido dado ao principal rio da cidade em referência à sua água salobra.
“Oitizeiro” ou Avenida do Contorno era como era chamado o Baldo

A região localizada entre o Baldo e o Rio Potengi ficava a única fonte de água da cidade de Natal.
Vila Palatnik era o nome de um trecho da Avenida Deodoro (Centro)

Porque a família judaico-russa Palatnik se estabeleceu em casas na atual avenida.
Rua Nova era a atual Av. Rio Branco

Naquela época Natal era uma pequena comunidade e qualquer rua nova que se abria era uma novidade.
Rua da Palha era o nome da Rua Vigário Bartolomeu

Rua em homenagem ao padre Bartolomeu Fagundes de Vasconcelos (ou padre “Memeuzinho”), homem que gostava das artes, maçonaria, e que abria as portas de sua casa para festas juninas memoráveis.
Rua do Catorze era o nome da Rua Felipe Camarão

A rua tinha esse nome devido a presença do 14º Batalhão de Infantaria, isso no fim do século XIX.
A Rua do Comércio era o nome da Rua Chile, na Ribeira

A rua tinha ao longo dela inúmeros comércios, os primeiros da cidade.
Praça do Peixe (ou Mercado Público Municipal) era o local onde hoje é a Agência Central do Banco do Brasil (Av. Rio Branco)
Antes de existir a agência do banco existia a “Praça do Peixe”, que era o local do Mercado Público Municipal, e onde eram vendidos peixes provenientes da pesca no Canto do Mangue
Canto da Jangada era como era chamado o Canto do Mangue

Supostamente porque vivia superlotado de jangadas, meio de locomoção predominante na orla
Conhece a “Estação de Hidroaviões”? Essa é fácil, era o nome da Rampa
Hidroaviões não paravam de chegar e partir na época da Segunda Guerra Mundial
A Antiga Ponte Metálica de Igapó era conhecida como Ponte dos Ingleses
Isso porque foi construída pela empresa inglesa Cleveland Bridge Engineering and Co.
Monte Petrópolis, Hospital da Caridade, Hospital Jovino Barreto e Hospital Miguel Couto foram os nomes do atual HUOL (Hospital Onofre Lopes)
O primeiro nome faz referência ao fato de que no passado havia apenas um grande monte na região, que é o coração do bairro de Petrópolis. Onofre Lopes da Silva (1907-1984) foi um médico que teve atuação direta na estruturação do ensino universitário no estado do Rio Grande do Norte, e foi o primeiro reitor da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, além de, em junho de 1958, liderar um grupo de professores, que convenceu o então governador do estado Dinarte Mariz a criar a Universidade do Rio Grande do Norte.
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Fonte: “Natal do Século XX” de Carlos e Fred Sizenando Rossiter, Amazon, Wikipédia.
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5 Comentários
Maria das Graças M. Venâncio
(12 de maio de 2020 - 16:13)Uma delícia esta pesquisa. Tive uma tia que morou na “Rua vai quem quer”. Mas, era Mossoró. A casa tinha uma verdadeiro pomar atrás. Outro Tio Duel irmão da minha mãe morou na Rio Branco. Alcancei os bondes passando qdo eu ia lá. O artista Palatink foi homenageado hoje no nosso jornal diário. Fui muito ao Mercado Público. O incêndio foi grande, mas aí já era uma jovem carnavalesca. Foi o dia de uma noite de carnaval, passamos por lá depois era um cheiro de pena de galinha queimada. Embora, pobre nasci e fui criada em Petrópolis. Me cansa apenas a posição de alguns intelectuais locais, só falam em chifre, cabarets, e precisavam de algumas viagens de lazer ou quem sabe conversas com profissionais da área (Psiquiatra/piscologia/padre sério ou pastor). Me cansa também a posição de políticos brincando com as pessoas quando vivemos uma Pandemia.
Henrique Araujo
(12 de maio de 2020 - 16:16)Maria das Graças, que bacana seu comentário, de uma riqueza de detalhes ótima. Tudo que falou e´verdade. Um abraço grande.
Maria das Graças de M. Venâncio
(12 de maio de 2020 - 16:30)Henrique, quem deve agradecer sou eu. Vou ter que rever tudo. Sobre muitas fotos e fatos teria meu depoimento. Quantas saudades. Hoje meu pai faria 104 anos se vivo fosse. Vc me deu um presente rapaz. Tenho um irmão chamado Henrique, sempre me deu alegrias e as vezes preocupações também. Éramos os queridinhos do meu pai. O outro irmão Junior está buscando o seu interior, fica difícil. Era mais paparicado pela minha mãe. Obrigada pelo seu trabalho.
Dinah de Melo
(19 de julho de 2020 - 17:35)A Rua da Palha ou Rua Vigário Bartolomeu, é a rua de muitas lembranças boas! A 2ª casa do lado esquerdo, era do meu avô (Graciano Melo) e aonde eu nasci! Mais na frente moravam meus tios irmãos da avó (Emília Pinheiro de Melo), era 5 mulheres e um homem, que era padre (José de Calazans), na esquina com Ulisses Caldas, era a loja de meu avô, Natal Moderno! Vizinho a loja, residia a família Bezerra de Melo, nossos parentes!
Será que você tem um livro sobre os antigos moradores da rua, ou sabe quem tem, gostaria muito de adquiri-lo! O nome autor é Claudio, é a única informação que tenho! Gosto muito do seu blog! lTenho foto da loja, gostaria de vê?
Dinah de Melo
(19 de julho de 2020 - 17:36)A Rua da Palha ou Rua Vigário Bartolomeu, é a rua de muitas lembranças boas! A 2ª casa do lado esquerdo, era do meu avô (Graciano Melo) e aonde eu nasci! Mais na frente moravam meus tios irmãos da avó (Emília Pinheiro de Melo), era 5 mulheres e um homem, que era padre (José de Calazans), na esquina com Ulisses Caldas, era a loja de meu avô, Natal Moderno! Vizinho a loja, residia a família Bezerra de Melo, nossos parentes!
Será que você tem um livro sobre os antigos moradores da rua, ou sabe quem tem, gostaria muito de adquiri-lo!