O Rio Grande do Norte possui sítios arqueológicos dos mais importantes do Brasil, localizado na região Oeste, lá no município de Apodi. O sítio por milhões de anos e já foi mar e, por isso, é possível encontrar animais marinhos fossilizados de 90 milhões de anos.
Mas esta descoberta é bem surpreendente, já que diz respeito aos dinossauros! Pesquisadores da UFRN, em parceria com outras instituições, identificaram pela primeira vez pegadas de dinossauros, e sabe aonde? Em área próxima à cidade de Assu, a cerca de 200 quilômetros de Natal. As descobertas foram publicadas na revista científica “Anais da Academia Brasileira de Ciências”.
Mas de que espécies eram essas pegadas? Bom, segundo especialistas os achados seriam de duas espécies diferentes e bem grandes: um saurópode, com cerca de 9 a 12 metros de altura, e um ornitópode, que tinha por volta de 8 metros de comprimento. Ambos os animais se alimentavam apenas de folhas. Os saurópodes eram altos e pescoçudos, enquanto os ornitópodes tinham como características os comprimento e as patas que lembram as de aves hoje em dia.

Agora o detalhe, de acordo com os cientistas, esses gigantes habitaram o estado há cerca de 120 milhões de anos, no período Cretáceo. Seus rastros foram encontrados na Fazenda dos Pingos, um sítio localizado na Formação Açu da Bacia Potiguar, próximos à cidade de Assu.
“Infelizmente, a qualidade de preservação (dos rastros) não é muito boa. No entanto, isso não diminui o fato de a pegada do titanossauro — saurópode — ser impressionante”, escreveram os pesquisadores.

As pegadas encontradas obviamente apontam que os gigantes do passado estiveram sobre o solo potiguar, porém, ao que parece, de passagem, pois, apesar de fósseis já terem sido descobertos na Bacia Potiguar, formação geológica que abrange também uma parte do Ceará, até hoje nenhum foi achado especificamente no Rio Grande do Norte.
O texto é assinado pela professora Maria de Fátima C. F. dos Santos, do Museu Câmara Cascudo da UFRN; por Fernando Henrique S. Barbosa, da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) e por Giuseppe Leonardi, do Instituto Cavanis (Veneza, Itália), uma das maiores referências mundiais na identificação de pegadas de dinossauros.

Para os cientistas, o ambiente favoreceu. No artigo, eles disseram que a presença de superfícies rachadas de lama, bem como a presença de rugas microbianas podem indicar uma boa possibilidade de encontrar fósseis dos animais. Bom, enquanto a gente não descobre mais vestígios de dinossauros pelo RN, nos contentamos com aquele parque de dinossauros da cidade de Parelhas, né? 😉
Com informações: UFRN, G1/RN e Gizmodo (UOL). Foto da capa do post: Foto: Divulgação/Arte/Guilherme Gehr
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