A Bacia Potiguar localiza-se no extremo leste da Margem Continental Brasileira, ocupando principalmente o litoral norte do Rio Grande do Norte.
Ela é considerada estreita tendo largura de apenas 40 a 45 km, e, no máximo, 60 metros de profundidade.
As espécies de peixes que você vai ver aqui foram encontrados em frente aos municípios de Areia Branca, Porto do Mangue, Macau, Guamaré e Galinhos, em duas campanhas realizadas
no âmbito do Projeto de “Monitoramento Ambiental Marinho da Bacia Potiguar”.
Quimera
Nome científico: “Hydrolagus affinis”.
Pouco se sabe sobre seus hábitos. Ocorrem entre 300 e 3000 metros de profundidade. A espécie encontrada tinha comprimento de 78cm e pesava 4kg.
Tubarão-gato
Nome científico: “Schroederichthys tenuis”.
Também pouco se sabe sobre seus hábitos. A espécie achada tinha comprimento total de 41,5cm e pessava 117gramas. Alimentam-se de pequenos peixes e crustáceos e são ovíparos.
Aldrovandia affinis
Nome científico: “Aldrovandia affinis”.
Esse não tem nome popular e alimenta-se principalmente de crustáceos.
Halosaurus attenuatus
Nome científico: “Halosaurus attenuatus”.
Devido à poucos exemplares coletados também pouco se sabe sobre seus hábitos, mas ele é pequeno com apenas 23 cm de comprimento 8,3 g de peso.
Synaphobranchus brevidorsalis
Nome científico: “Synaphobranchus brevidorsalis”.
Desse aqui pouco se sabe até porque podem viver à 1635 metros de profundidade. Os exemplares encontrados tinham comprimento variando de 63 cm e 1 metro, e seu peso chegava a até 2kg.
Miroró
Nome científico: “Echiophis punctifer”.
Não se sabe o que ele come ou como vive exatamente. O exemplar encontrado tinha comprimento total de 19 cm e peso total de apenas 4,9 gramas.
Nettastoma melanurum
Nome científico: “Nettastoma melanurum”.
Esses ocorrem entre 37 e 1647 metros de profundidade. Os dois exemplares encontrados tem entre 26 e 40 cm de comprimento, e peso total entre 5,7 e 40,4g.
Venefica procera
Nome científico: “Venefica procera”.
Também sem nome popular e hábitos praticamente desconhecidos. Ocorrem entre 832 e 2304 m de profundidade. Comprimento total variando entre 93,5 e 104 cm e peso total entre 212 e 352 g.
Stemonidium hypomelas
Nome científico: “Stemonidium hypomelas”.
Ocorrem entre 175 e 1200 m de profundidade. 1 exemplar, com comprimento total de 18,5cm e peso total de 1 gramas.
Polyipnus clarus
Nome científico: “Polyipnus clarus”.
Esse aí ocorre entre 300 e 400 m de profundidade, e se alimenta de zooplâncton pequenos e de larvas de mosquitos.
São alimento de golfinhos, e apesar da aparência um tanto bizarra, são bem pequenos, com comprimento variando entre 3 e 3,5 cm e peso entre 0,9 e 1,8 g.
Coelorinchus occa
Nome científico: “Coelorinchus occa”.
Também sem nome popular, ocorrem entre 400 a 2200 metros de profundidade. Alimentam-se de pequenos peixes e crustáceos bentônicos. 2 exemplares, com comprimento total variando entre 34
e 47,6 cm e peso total entre 141,5 e 412,2 g.
Coryphaenoides cf. asper
Nome científico: “Coryphaenoides cf. asper”.
Hábitos desconhecidos. Ocorrem entre 1982 a 3429 m de profundidade. 2 exemplares, com comprimento total variando entre 49,7 e 78,8 cm e peso total entre 510 e 2400 g.
Hymenocephalus aterrimus
Nome científico: “Hymenocephalus aterrimus”.
Esse aí também não se sabe do que se alimenta, mas ele ocorre entre 340 e 1348 m de profundidade. Foram achados 30 deles, com comprimento total variando entre 9,7 e 15,8 cm e peso total entre 2,9 e 13,4 g.
Hymenocephalus billsam
Nome científico: “Hymenocephalus billsam”.
Gostando de viver entre 400 a 900 m de profundidade, pouco se sabe sobre seus hábitos. Dos 20 exemplares encontrados, comprimento total varia entre 4 e 14 cm e peso entre 0,8 e 5,9 g.
Malacocephalus laevis
Nome científico: “Malacocephalus laevis”.
Sem nome popular também, sabe-se que esse aí ocorre entre 200 e 1000 m de profundidade (mais comum entre 300 e 700), e alimentam-se de peixes, cefalópodes e crustáceos.
E são pequenos: o comprimento total varia entre 7,5 e 34,5 cm e peso entre 0,7 e 144 g.
Acanthonus armatus
Nome científico: “Acanthonus armatus”.
Ocorrem entre 1171 e 4415 m de profundidade, alimentam-se de poliquetas, crustáceos e peixes. O único exemplar tinha comprimento total de 36 cm e peso total de 239,7 g.
Peixe-sapo
Nome científico: “Lophius gastrophysus”.
Esses “sapinhos” vivem entre 40 e 662 m de profundidade e em temperaturas que variam entre 7 e 22° C. Alimentam-se também de peixes. Foram achados 7 exemplares, com comprimento padrão variando entre 17 e 56 cm e peso total entre 130 e 3,6 kg.
Chaunax suttkusi
Nome científico: “Chaunax suttkusi”.
Pouco se sabe dos hábitos desse mimoso aí. Só que eles ocorrem entre 220 e 1060 m de profundidade, em fundos lamosos. E entre 44 exemplares, o comprimento padrão varia entre 3 e 14 cm e peso total entre 2 e 78,4 g.
Cabrinha de chifre
Nome científico: “Peristedion ecuadorense”.
Também pouco se sabe sobre seus hábitos. Ocorrem entre 324 e 1080 m de profundidade. O comprimento varia entre 6 e 16 cm e peso total entre 1 e 35 g.
Solha
Nome científico: “Bothus ocellatus”.
Já desse aqui se sabe bastante. O solha ocorre entre 1 e 150 m de profundidade, em bolsões de areias entre rochas e corais, e em fundos de areia ou cascalho próximos à recifes e ilhas. Alimentam-se principalmente de peixes e complementam sua dieta com crustáceos e moluscos.
Eles são capazes de alterar sua cor com rapidez conforme o substrato, ou quando enterrados, somente com os olhos expostos.
Os machos formam haréns e são territoriais; a reprodução ocorre aos pares, geralmente no crepúsculo, por todo o ano e com picos no verão; ovos e larvas são pelágicos e estas se transformam em jovens com aproximadamente 1,6 cm (CT).
Podem chegar a 7 cm de comprimento e pesar apenas 5,3 g.
Cangulo
Nome científico: “Cantherhines macrocerus”.
Esse aí até então só era registrado entre 1 e 40 m de profundidade, em águas claras sobre recifes de corais e bancos de algas. Mas na Bacia Potiguar ele foi registrado entre 146 e 158 metros.
Alimentam-se de esponjas, hidróides, gorgônias, crustáceos e, eventualmente, algas. O únco exemplar tinha comprimento padrão de 22 cm e peso total de 400 g.
Baiacú de espinho
Nome científico: “Diodon eydouxii”.
Essa espécie de Baiacú ocorre entre 1 e 216 metros de profundidade em águas oceânicas.
Gostam de formar cardumes e se alimentam basicamente de zooplâncton e larvas de peixes.
O único exemplar tem comprimento padrão de 6 cm e peso total de 15,3 g.
Essa lista foi extraída do documento “Biodiversidade Marinha da Bacia Potiguar – Peixes do Talude Continental” de autoria de Jorge Eduardo Lins Oliveira, Marcelo Francisco Nóbrega, José Garcia Júnior, Cláudio Luis Santos Sampaio, Fabio Di Dario, Luciano Gomes Fischer e Michael Maia Mincarone (2015), onde tem muitos mais peixes da Bacia Potiguar. Baixe-o aqui para ver o trabalho completo.
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1 Comentário
Ronaldo de Andrade Martins
(31 de dezembro de 2018 - 10:53)Caro pesquisador. Fulano é um FRECHADO.Isto é de Natal? Do RN? Qual a origem?? Obg
RAM