O IBAMA realiza o monitoramento ambiental e a gestão da emergência no caso das manchas de óleo que atingiram as praias do nordeste. Desde o dia 02 de setembro o Instituto vem estabelecendo uma série de ações, juntamente com o Corpo de Bombeiros do Distrito Federal (DF), Marinha e Petrobras, com o objetivo de investigar as causas e responsabilidades do despejo, no meio ambiente, do petróleo cru que atingiu o litoral nordestino.

O resultado conclusivo das amostras, solicitadas anteriormente pelo Instituto e pela Capitania dos Portos, e cuja análise foi feita pela Marinha e pela Petrobras, apontou que a substância encontrada nos litorais trata-se de petróleo cru, ou seja, não se origina de nenhum derivado de óleo. Em análise feita pela Petrobras, a empresa informou que o óleo encontrado não é produzido pelo Brasil. A investigação da origem das manchas de óleo está sendo conduzida pela Marinha, enquanto a investigação criminal é objeto da Polícia Federal.
O Ibama realiza a avaliação do impacto ambiental e dá direcionamento de ações de resposta à fauna, bem como orienta sobre a destinação de resíduos e sobre a remoção do óleo, definindo prazos das ações de limpeza e quais os ambientes devem ser priorizados. O Instituto requisitou apoio da Petrobras para atuar na limpeza de praias. Os trabalhadores que estão sendo contratados pela petrolífera são agentes comunitários, pessoas da população local, que recebem treinamento prévio da empresa para ocasiões em que forem necessários os serviços de limpeza. No entanto, o número efetivo de mão-de-obra dependerá da quantidade de pessoas treinadas disponíveis nas áreas.
Veja aqui a tabela oficial das praias do RN já atingidas pelo óleo (última atualização 21/10/2019):
Praia | Data de avistamento do óleo |
---|---|
Maracajaú | 10/09/2019 |
Redinha | 20/09/2019 |
Santa Rita | 20/09/2019 |
Genipabu | 20/09/2019 |
Ponta da Ilha Verde | 12/09/2019 |
Foz do rio Catu | 12/09/2019 |
Praia de Alagamar | 24/09/2019 |
Pirangi do Norte | 11/09/2019 |
Litoral da Barreira do Inferno | 11/09/2019 |
Via Costeira | 07/09/2019 |
Pirambúzios | 10/09/2019 |
Foz do Rio Pirangi/Pium | 11/09/2019 |
Pirangi do Sul | 11/09/2019 |
Barra de Tabatinga – Tartarugas | 10/09/2019 |
Búzios (Rio Doce) | 11/09/2019 |
Praia do Amor | 10/09/2019 |
Pirambu | 10/09/2019 |
Praia do Giz | 10/09/2019 |
Sibaúma/Das Minas | 11/09/2019 |
Tibau do Sul | 10/09/2019 |
Baía Formosa | 07/09/2019 |
Caraúbas | 15/09/2019 |
Praia de Touros | 14/09/2019 |
Praia do Calcanhar | 14/09/2019 |
Ponta Negra | 14/09/2019 |
Barra do Rio | 20/09/2019 |
Cabo de São Roque | 14/09/2019 |
Praia do Forte | 17/09/2019 |
Praia de Areia Preta | 17/09/2019 |
Cotovelo | 11/09/2019 |
Barreta | 10/09/2019 |
Camurupim | 10/09/2019 |
Pipa | 10/09/2019 |
Zumbi/Rio do Fogo | 11/09/2019 |
Muriú | 12/09/2019 |
Barra do Cunhaú | 10/09/2019 |
Perobas | 11/09/2019 |
Sagi | 07/09/2019 |
Rio Punaú | 11/09/2019 |
Jacumã | 11/09/2019 |
Barreiras de contenção
O uso de barreiras de contenção para reter o óleo ganhou destaque entre as propostas para impedir que o poluente continue se alastrando, mas a medida pode não alcançar a eficácia pretendida.
Barreiras de contenção são compostas por uma parte flutuante e outra submersa, chamada saia, que tem a função de conter o óleo superficial (substância com densidade menor que a da água), mas o poluente que atinge o nordeste do país se concentra em camada subsuperficial. Por essa razão, as manchas não são visualizadas em imagens de satélite, sobrevoos e monitoramentos com sensores para detecção de óleo.
Além disso, a vazão dos rios é muito superior a da capacidade dessas barreiras.
Ainda assim, por precaução, o Ibama requisitou à Petrobras, mediante ressarcimento, a disponibilização do equipamento. Mais de 200 metros de barreiras estão em Aracaju à disposição de instituições com capacidade operacional para realizar sua instalação e manutenção.
Fonte: Ibama
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