Mais de 40 praias já foram atingidas com o petróleo cru no Rio Grande do Norte

O IBAMA realiza o monitoramento ambiental e a gestão da emergência no caso das manchas de óleo que atingiram as praias do nordeste. Desde o dia 02 de setembro o Instituto vem estabelecendo uma série de ações, juntamente com o Corpo de Bombeiros do Distrito Federal (DF), Marinha e Petrobras, com o objetivo de investigar as causas e responsabilidades do despejo, no meio ambiente, do petróleo cru que atingiu o litoral nordestino.

Foto: Andre Moreira Municipal Press Office via AP

O resultado conclusivo das amostras, solicitadas anteriormente pelo Instituto e pela Capitania dos Portos, e cuja análise foi feita pela Marinha e pela Petrobras, apontou que a substância encontrada nos litorais trata-se de petróleo cru, ou seja, não se origina de nenhum derivado de óleo. Em análise feita pela Petrobras, a empresa informou que o óleo encontrado não é produzido pelo Brasil. A investigação da origem das manchas de óleo está sendo conduzida pela Marinha, enquanto a investigação criminal é objeto da Polícia Federal.

O Ibama realiza a avaliação do impacto ambiental e dá direcionamento de ações de resposta à fauna, bem como orienta sobre a destinação de resíduos e sobre a remoção do óleo, definindo prazos das ações de limpeza e quais os ambientes devem ser priorizados. O Instituto requisitou apoio da Petrobras para atuar na limpeza de praias. Os trabalhadores que estão sendo contratados pela petrolífera são agentes comunitários, pessoas da população local, que recebem treinamento prévio da empresa para ocasiões em que forem necessários os serviços de limpeza. No entanto, o número efetivo de mão-de-obra dependerá da quantidade de pessoas treinadas disponíveis nas áreas.

Veja aqui a tabela oficial das praias do RN já atingidas pelo óleo (última atualização 21/10/2019):

Praia Data de avistamento do óleo
Maracajaú 10/09/2019
Redinha 20/09/2019
Santa Rita 20/09/2019
Genipabu 20/09/2019
Ponta da Ilha Verde 12/09/2019
Foz do rio Catu 12/09/2019
Praia de Alagamar 24/09/2019
Pirangi do Norte 11/09/2019
Litoral da Barreira do Inferno 11/09/2019
Via Costeira 07/09/2019
Pirambúzios 10/09/2019
Foz do Rio Pirangi/Pium 11/09/2019
Pirangi do Sul 11/09/2019
Barra de Tabatinga – Tartarugas 10/09/2019
Búzios (Rio Doce) 11/09/2019
Praia do Amor 10/09/2019
Pirambu 10/09/2019
Praia do Giz 10/09/2019
Sibaúma/Das Minas 11/09/2019
Tibau do Sul 10/09/2019
Baía Formosa 07/09/2019
Caraúbas 15/09/2019
Praia de Touros 14/09/2019
Praia do Calcanhar 14/09/2019
Ponta Negra 14/09/2019
Barra do Rio 20/09/2019
Cabo de São Roque 14/09/2019
Praia do Forte 17/09/2019
Praia de Areia Preta 17/09/2019
Cotovelo 11/09/2019
Barreta 10/09/2019
Camurupim 10/09/2019
Pipa 10/09/2019
Zumbi/Rio do Fogo 11/09/2019
Muriú 12/09/2019
Barra do Cunhaú 10/09/2019
Perobas 11/09/2019
Sagi 07/09/2019
Rio Punaú 11/09/2019
Jacumã 11/09/2019

Barreiras de contenção

O uso de barreiras de contenção para reter o óleo ganhou destaque entre as propostas para impedir que o poluente continue se alastrando, mas a medida pode não alcançar a eficácia pretendida.

Barreiras de contenção são compostas por uma parte flutuante e outra submersa, chamada saia, que tem a função de conter o óleo superficial (substância com densidade menor que a da água), mas o poluente que atinge o nordeste do país se concentra em camada subsuperficial. Por essa razão, as manchas não são visualizadas em imagens de satélite, sobrevoos e monitoramentos com sensores para detecção de óleo.

Além disso, a vazão dos rios é muito superior a da capacidade dessas barreiras.

Ainda assim, por precaução, o Ibama requisitou à Petrobras, mediante ressarcimento, a disponibilização do equipamento. Mais de 200 metros de barreiras estão em Aracaju à disposição de instituições com capacidade operacional para realizar sua instalação e manutenção.

Fonte: Ibama

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Henrique Araujo

O criador do Curiozzzo é formado em Sistemas de Informação, já foi dono de startups, administrador de grupos, empresário, mas sempre foi um amante da internet, primeiro como desenvolvedor e depois como produtor de conteúdo, desde a chegada dela no Brasil. Em 2014 criou o blog e encontrou na história e na cultura de onde mora uma nova paixão. Hoje ele leva o Rio Grande do Norte para o mundo de forma respeitosa, criativa, curiosa e única. Siga-o: instagram.com/henrique.e.araujo

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