Pioneira como centro de lançamentos de foguetes da América do Sul, a Barreira do Inferno, localizada na Rota do Sol, em Parnamirim, é uma unidade da Força Aérea Brasileira (FAB) criada em 1965.
A Barreira (CLBI) já tem meio século de atuação e contabiliza quase 3 mil lançamentos de veículos espaciais, bem como missões de peso no currículo.
O local foi escolhido pois é próximo do equador magnético, aproveitava o suporte logístico já existente, chove pouco na região, tem grande área de impacto representado pelo oceano e condições de ventos predominantemente favoráveis.
1ª: Foi de lá que ocorreu o primeiro lançamento de foguete do Rio Grande do Norte, em 15 de dezembro de 1965

Às 16:28h (horário de Brasília), mais precisamente.
2ª: Uma equipe da NASA veio até Natal e Parnamirim para o feito
A equipe técnica do GTEPE, Grupo Executivo e de Trabalho e Estudos de Projetos Espaciais Brasileiros, em parceria com a NASA, executou a instalação dos equipamentos, operacionalizou o campo e executou o primeiro lançamento de foguete a partir de uma plataforma da Barreira do Inferno, inaugurando as atividades de lançamentos espaciais no Brasil.
3ª: O lançamento ocorreu por causa de um acordo de cooperação entre vários países, entre eles o Brasil e os Estados Unidos

Esse lançamento foi o primeiro de uma série de dois previstos em território brasileiro, ocorreu em função de uma cooperação entre países e dele participaram o GTEPE e a CNAE pelo Brasil e a NASA pelos Estados Unidos da América dando início ao projeto SAFO-IONO (Sondagens Aeronômicas com Foguetes na Ionosfera).
4ª: O foguete era um NIKE-APACHE

Igualzinho ao que está na foto acima, cujas características eram:
Número de estágios: 02 (NIKE e APACHE);
Peso total: 1.595 libras, o que dá 724 kg;
Comprimento total 28 pés;
Peso da carga útil: 65 libras (29,5 Kg).
5ª: O foguete teve por missão a coleta de dados

Isso para possibilitar o estudo das densidades diurna e noturna, de elétrons e íons, o fluxo de irradiação ultravioleta extremo e o fluxo de elétrons na ionosfera, ou seja, ele subiu por entre 50 e 200 km.
Durante o período de tempo em que o CLFBI foi parte do GTEPE/GETEPE, vários projetos internacionais foram executados, envolvendo a NASA, Air Force Cambridge Research Laboratories (AFCRL) e o Max Plank Institute da República Federal da Alemanha (RFA).
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Informações: Adriano Medeiros e Wikipédia (“Centro de Lançamento da Barreira do Inferno”)
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